Antes de tomar o próximo gole de café, considere que alguns dos grãos utilizados para fazer a bebida podem ter sido colhidos na década passada. As sacas de café arábica que foram estocadas quando os preços estavam em queda, em 2013, estão agora saindo dos armazéns e inundando o mercado com grãos de até nove anos de idade.
O volume de negociações dos contratos da commodity na bolsa de Dalian quase triplicou em maio ante o mesmo mês de 2015, e os preços do contrato de referência já subiram 40% neste ano.
A desaceleração dos investimentos privados na China em maio ofuscou o otimismo proporcionado por outros dados econômicos, o que influenciou na queda de 3,2% das ações em Xangai ontem e alimentou o temor de que o crescimento no segundo trimestre possa ser menor que no primeiro.
Preocupado com o fato de que seus fabricantes de baixo custo estão perdendo terreno para países mais competitivos, o governo chinês vem dando incentivos para que esses fabricantes se mudem para regiões chinesas onde os custos são menores.
O Reino Unido pode estar a menos de duas semanas do caos político, constitucional, diplomático e econômico. Pelo menos essa é a preocupação das autoridades encarregadas de planejar as consequências do referendo de 23 de junho.
Os EUA e a China, que enfrentam pressões políticas crescentes em casa, estão vendo as tensões econômicas atingir o pior ponto em anos por causa das práticas cambiais e comerciais. Os atritos entre as duas maiores economias globais podem crescer se as políticas internas colidirem com um crescimento já fraco.
Com duas semanas para a realização do referendo sobre a permanência ou não da Grã-Bretanha como membro da União Europeia, o primeiro-ministro David Cameron estava esperando que sua campanha para “permanecer na UE”, chamada de “Remain”, estivesse na dianteira. Mas isso não é o que está acontecendo.
A Opep encerrou sua reunião de ontem sem ter chegado a um acordo sobre a produção, dando continuidade a uma política de não intervenção que, segundo seus integrantes, pode testar a relevância do grupo de uma nova forma: com uma escassez de oferta.
Dados econômicos reforçam evidências de que o atual crescimento medíocre da economia americana não é só um efeito colateral da Grande Recessão, e sim parte de um distúrbio mais profundo que antecede e que, na verdade, pode ter ajudado a ocasionar a crise.
A recessão iniciada em 2007 e a crise financeira de 2008-2009 amedrontaram e traumatizaram os eleitores americanos de uma maneira mais profunda e mais permanente do que se constatou antes.
Os líderes do Grupo dos Sete principais países do mundo industrializado discutiram maneiras de estimular a economia mundial, mas pareceram discordar sobre as ameaças ao crescimento e exatamente como combatê-las.
O primeiro-ministro Shinzo Abe espera obter alguma ajuda do seu grupo de amigos do G-7 esta semana para o seu plano de sustentar a economia japonesa com mais gastos do governo.
Nas visitas que vai fazer nesta semana ao Vietnã e ao Japão, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, tentará virar a página de dois capítulos profundamente marcados na história das guerras americanas.
A economia do Japão teve forte recuperação no primeiro trimestre, complicando as decisões que o premiê Shinzo Abe terá de tomar sobre a necessidade de mais incentivos fiscais no país e a prevista elevação do imposto sobre as vendas.
Os prováveis candidatos à presidência dos EUA, Donald Trump e Hillary Clinton, prometem rejuvenescer a economia do país. Enquanto isso, o longo processo para eleger um deles criará obstáculos para qualquer um alcançar essa meta.
Sete anos depois do fim da recessão, cerca de 14 milhões de pessoas ainda estão procurando emprego no país ou só têm empregos de meio período porque não conseguem encontrar trabalho em tempo integral.
O governo da Etiópia precisa de dólares para obras de infraestrutura e, por isso, tem metas ambiciosas de aumentar as exportações de café arábica, beneficiando-se da demanda mundial por seus grãos de alta qualidade. O grande consumo interno, porém, é o principal desafio.
Os bicos como trabalhos de motorista para o Uber ou aluguel de um quarto pelo Airbnb, estão beneficiando mais os americanos de maior renda, o que questiona a teoria de que essa nova tendência ajudaria a reduzir a desigualdade.
As autoridades estão voltando a sua mira para um novo grupo de alvos: economistas, analistas e repórteres com opiniões pessimistas sobre a economia chinesa. Elas têm alertado verbalmente comentaristas cujas posições públicas sobre a economia não estão em sintonia com as declarações otimistas do governo.
A economia da Índia se expandiu 7,3% no ano passado, superando a de todos os outros grandes países, inclusive a China, pela primeira vez em quase 20 anos. Mas, como é o caso da maioria dos países em desenvolvimento, a economia indiana não é fácil de ser calculada.
Um grupo de notáveis economistas britânicos rebateu as alegações de que o Reino Unido ficaria mais pobre se deixasse a União Europeia, num anúncio feito na esteira de uma série de previsões sombrias para a economia britânica se os eleitores optarem por deixar o bloco em um plebiscito em junho.
Os problemas estão aumentando nos maiores portos do mundo — de Xangai a Hamburgo — em meio a uma desaceleração do comércio mundial e o fim calamitoso de um boom global das commodities.
O Federal Reserve, banco central americano, manteve intacta sua taxa referencial de juros de curto prazo e indicou que planeja agir de forma cautelosa, citando os indicadores econômicos conflitantes dos EUA e as persistentes preocupações com a inflação baixa e a economia mundial.
O Brasil já experimentou quase todo tipo de governo, de imperadores e ditadores a democratas e ex-marxistas. E quase todos compartilharam o compromisso do Estado de Leviatã como o motor do progresso.
A indústria de tecnologia, onde a escassez de talentos está fazendo a remuneração nos Estados Unidos ultrapassar bem mais que US$ 100 mil por ano, domina uma nova lista de companhias americanas que oferecem os maiores salários.
A Arábia Saudita está negociando um empréstimo de US$ 10 bilhões com bancos internacionais, num momento em que o reino árabe busca cobrir um déficit orçamentário causado pela queda dos preços do petróleo, de acordo com cinco executivos de bancos próximos à transação.
A União Europeia acusou o Google de pressionar os fabricantes de celulares e firmas de telecomunicação a tornar seu sistema de busca o padrão de seus aparelhos. O bloco apresentou novas acusações antitruste que têm como alvo as iniciativas do Google para promover seu principal gerador de receita: seu motor de buscas on-line.
A decisão da Arábia Saudita de rejeitar um plano internacional para limitar a produção de petróleo pode levar ao extremo a situação de alguns países produtores, em meio a um período de preços baixos que já dura quase dois anos.
Crescem os temores de que não haverá espaço de manobra o suficiente para minimizar o impacto nos países emergentes de uma próxima rodada de aumento dos juros nos Estados Unidos.
Com 187 milhões de pessoas, e trilhões de dólares em petróleo inexplorado, a Nigéria deveria ser o motor de crescimento da África. Em vez disso, o país se tornou um símbolo da rapidez e da intensidade com que os preços baixos do petróleo vêm afundando os mercados emergentes.
O capital vem saindo dos mercados emergentes durante vários anos, afugentado por uma desaceleração do crescimento. Curiosamente, nenhum grande país emergente entrou em estado de falência por causa disso.
O Brasil está sendo golpeado por uma profunda recessão, uma crise política e a epidemia do vírus zika, mas numa área o país continua sendo uma potência mundial: a agricultura. Neste ano, o Brasil deve registrar uma safra recorde de soja e uma quase recorde de milho.
Muitos dirigentes de bancos centrais querem que as economias avançadas aumentem os gastos públicos para tirar a economia mundial do marasmo em que se encontra. Mas convencer os políticos está se mostrando difícil.
Pré-candidatos à presidência dos EUA têm descrito um país assolado por bens importados baratos, perda de empregos para a globalização e ondas de imigrantes ilegais. Mas a realidade desde a recessão global tem sido bem mais complicada. Há indícios de que a outrora internacionalização inexorável da economia mundial esmoreceu.
O primeiro-ministro Li Keqiang, disse que o governo vai levar adiante os cortes de impostos de cerca de 500 bilhões de yuans, concentrando-se especialmente em ajudar o promissor setor de serviços, incluindo pesquisa e desenvolvimento.
Cenário atual é consequência de anos de falta de investimento, protecionismo e excesso de regulação, problemas que foram atenuados por uma alta nos preços das commodities que está agora se desfazendo.
O presidente Barack Obama chega hoje à Argentina para se encontrar com um novo aliado, o presidente Mauricio Macri, que está renovando os laços com os EUA em uma tentativa de impulsionar a economia argentina.
Os ataques em Bruxelas geraram manifestações de choque e solidariedade em toda a Europa, mas também novas declarações contra a suposta fraqueza da segurança nas fronteiras e das políticas migratórias, refletindo a crescente divisão no continente em crise.
Quarenta anos atrás, governos desesperados para domar uma inflação de dois dígitos recorreram à mão pesada dos controles de salários e preços. Essa ideia está ganhando uma nova roupagem, mas desta vez a meta é elevar salários e preços, não limitá-los.
Mais de 75% dos participantes em uma nova pesquisa do Wall Street Journal dizem que a eleição deste ano está gerando mais incerteza do que é considerado normal durante um período de mudança na Casa Branca.
Com o crescimento mundial tropeçando, grande parte do mundo está querendo pegar carona com a economia dos Estados Unidos. Só há um problema: os EUA podem não ter potência suficiente para rebocar a economia global.
Os líderes da China deixaram claro que estão priorizando o crescimento sobre a reestruturação neste ano. Por outro lado, eles indicaram que vão tentar evitar a expansão do endividamento ou a criação de bolhas de ativos, ainda que estejam injetando volumes expressivos de dinheiro na economia.
A reforma das indústrias inchadas do país deve ser incluída com destaque no próximo plano quinquenal da China, a ser discutido no Congresso Nacional do Povo, a sessão legislativa anual do país, que começa amanhã, em Pequim.
Agricultores da Venezuela dizem que um surto de crimes nas zonas rurais está derrubando a produção das lavouras e agravando a escassez crônica de alimentos no país.
A Venezuela fez um pagamento de US$ 1,5 bilhão a credores internacionais na sexta-feira, evitando uma moratória apesar de o colapso das receitas com petróleo estar corroendo cada vez mais as finanças do país.
A Venezuela está às voltas com o colapso de suas receitas com petróleo, escassez generalizada e uma economia que deve se contrair 8% neste ano. Mesmo assim, o país parece pronto para pagar a investidores estrangeiros cerca de US$ 1,5 bilhão em títulos de dívida que vencem hoje.
Apesar do agravamento da crise, com a inflação devendo atingir 700% este ano, há poucos sinais de mudança num governo que atribui os problemas a uma “guerra econômica” travada por supostos inimigos do país, como empresas privadas e o governo americano.
Num esforço para acompanhar o resto do mundo em uma das áreas mais aquecidas da economia digital, o governo do primeiro-ministro Shinzo Abe está reduzindo as restrições para o compartilhamento de acomodações.
A crescente volatilidade que os mercados de ações, títulos de dívida, câmbio e commodities estão experimentando neste ano lançou os investidores numa busca frenética para descobrir o que está acontecendo.
O risco de os Estados Unidos deslizarem para uma recessão está crescendo com a queda dos mercados financeiros, segundo a mais recente pesquisa do The Wall Street Journal com economistas.
Em sua essência, o plano de revitalização econômica do primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, era uma aposta de que um banco central comprometido poderia pôr fim a décadas de letargia econômica. Mas o fracasso da instituição em gerar uma recuperação sustentada indica que a “Abeconomia” chegou a um impasse.
Janet Yellen, presidente do Federal Reserve (Fed), apontou riscos para o cenário econômico que podem atrasar os planos do banco central americano de elevar os juros de curto prazo.
Durante a maior parte de sua história, o petróleo fluiu numa direção: dos países em desenvolvimento, onde ele é produzido, para os industrializados, onde é consumido. Essa dinâmica já não funciona assim, e a mudança pode gerar uma nova força econômica que pesaria sobre os preços globais do petróleo.
Os silos abarrotados estão pressionando os produtores a buscar novos mercados e o combustível barato reduziu os custos de transporte enquanto a valorização da moeda americana torna o produto de fora dos EUA mais competitivo.
Nos últimos meses, os investidores têm rejeitado a dívida soberana da Venezuela à medida que a queda nos preços do petróleo se intensifica, a moeda do país se desvaloriza e sua balança comercial se torna negativa.
Com o petróleo em torno de US$ 30 o barril no mercado internacional e a gasolina abaixo de US$ 0,50 por litro nos Estados Unidos, o benefício dos preços baixos dos combustíveis está se transformando em uma dor de cabeça para grande parte da economia americana.
As reservas cambiais da China caíram para o menor nível em mais de três anos em janeiro, suscitando dúvidas sobre quanto tempo Pequim pode continuar queimando suas economias em moeda estrangeira para defender o yuan sem provocar uma fuga massiva de capital.
O presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, falou repetidamente ao longo da última semana sobre as perspectivas de mais estímulos para a zona do euro, dobrando as apostas sobre sua inesperada promessa de rever o programa de estímulo de 1,5 trilhão de euros em março.
A China está ampliando os esforços para deter a fuga de capitais do país desencadeada pela desaceleração econômica, limitando, entre outras coisas, o repatriamento do lucro de empresas estrangeiras que operam no país. Mas as medidas ameaçam as ambições de Pequim de elevar a influência do yuan no cenário mundial.
O Federal Reserve, banco central americano, demonstrou uma preocupação renovada com a turbulência no mercado financeiro e o fraco crescimento da economia mundial, mas não se comprometeu a mudar seus planos com relação aos juros por causa dessas ameaças.
Economistas, executivos e trabalhadores americanos esperaram um longo tempo para os Estados Unidos superarem a ressaca pós-recessão. Um crescimento robusto com frequência parecia estar próximo — talvez no próximo trimestre ou no próximo ano. Mas esse já não é o caso.
Os mercados financeiros estão em pânico por causa de uma grave crise econômica que ainda tem que mostrar sua cara — e que talvez nunca mostre. Apesar de várias das principais bolsas de valores do mundo estarem caindo, ainda não parece haver um estresse correspondente na economia.
Na base da turbulência que atingiu os mercados este mês existe um receio maior de que o fardo crescente da dívida dos mercados emergentes, especialmente na Ásia e na América Latina, se transforme em um obstáculo ao crescimento global.
A prática dos bancos centrais de usar o crédito para induzir crescimento foi usada à exaustão. Caso os estrategistas econômicos queiram impulsionar uma expansão global em 2016 e além, eles precisarão apresentar novas soluções econômicas.
Há cinco anos, os maiores países em desenvolvimento do mundo estavam dominando o globo e seu crescimento econômico emergente alimentava os temores do Ocidente de que uma nova ordem mundial estava se formando. Mas em vez de levar a economia mundial para águas mais serenas, os países do chamado Brics agora estão afundando.
Costumava-se dizer que quando os Estados Unidos se resfriavam, a América Latina pegava uma gripe. Hoje, a China superou os EUA como o principal determinante da situação (boa ou ruim) na maior parte da região. Agora, quando a China espirra, a América do Sul tem febre.
O pleno retorno do Irã ao mercado global de petróleo pode levar meses para acontecer, após a retirada das sanções do Ocidente no fim de semana, disse ontem uma das autoridades mais graduadas desse setor do país.
A redução do apetite da China por commodities e o colapso dos preços do petróleo têm abalado mercados e cadeias de abastecimento de maneiras que estão provocando um impacto desproporcional sobre o setor industrial e os mercados financeiros dos EUA. Isso não significa que uma recessão está a caminho, pelo menos por enquanto, mas mostra o perigo de suposições econômicas equivocadas.
As convulsões nos mercados de ações da China na semana passada alimentaram um dos piores temores dos investidores: a segunda maior economia do mundo está em apuros e as autoridades do país não têm poder para consertar a situação.
Os investidores estão se preparando para mais volatilidade nas ações e no câmbio na China nesta semana, depois que uma crise de confiança na gestão da economia chinesa derrubou os mercados locais e no exterior durante os primeiros dias de 2016.
Os solavancos que os mercados de câmbio e ações da China estão sofrendo são um reflexo do pessimismo que está se consolidando em todos os lados da segunda maior economia do mundo.
Os problemas econômicos da China golpearam os mercados globais no primeiro dia de negociações do ano, derrubando ações, desvalorizando moedas e gerando temores entre investidores de uma continuidade das fortes oscilações registradas no ano passado.
O Sudão está emergindo como centro regional de negociação de açúcar, e a commodity virou um raio de esperança em uma economia assolada por décadas de conflitos armados e pela queda do preço do petróleo.
Os candidatos à presidência dos Estados Unidos dos partidos Democrata e Republicano dizem que um crescimento econômico mais rápido é crucial para melhorar a vida da classe média americana. Mas eles discordam significativamente sobre como conseguir isso.
Dez países do Sudeste Asiático vão dar início a uma experiência ambiciosa amanhã: integrar suas economias numa tentativa de ganhar mais influência global e trazer prosperidade para 622 milhões de pessoas.
Nas primeiras semanas como presidente da Argentina, Mauricio Macri extinguiu a maioria dos impostos sobre exportação de produtos agrícolas, cortou impostos de renda e anunciou um investimento no petróleo de xisto. Mas há outra tarefa crucial para que a guinada na economia funcione: consertar a tabulação de dados do Indec, o instituto de estatísticas que perdeu a confiança do mercado durante o governo de Kirchner.
Muitos investidores já se preparam para a possibilidade de que um fenômeno da mesma família, o La Niña, seja o próximo a perturbar os padrões meteorológicos e, talvez, provocar o caos no mercado das commodities agrícolas.
Desde maio, o El Niño trouxe altas temperaturas e chuvas abaixo do normal para o leste da Austrália, o Sudeste Asiático e a Índia. As condições mais secas aumentam o custo e o tempo necessário para cultivar muitos produtos agrícolas, um fator que vem elevando os preços no segundo semestre de 2015.
Simon Nixon
Após o resultado confuso das eleições da Espanha, as reformas que o país precisa parecem ter ficado mais distantes do que nunca. As consequências podem se tornar visíveis somente quando o BCE parar de comprar os títulos soberanos do país.
A jornada de Li Jiang desde os campos de arroz do interior da China até um dormitório de concreto dividido por vários homens foi repetida um milhão de vezes por trabalhadores em busca de um pedaço do sonho chinês.
A queda dos preços do petróleo, que nas últimas semanas atingiram seu menor nível em seis anos, vem ameaçando a capacidade dos países exportadores de continuar produzindo a commodity e forçando seus governos a tomar medidas severas para fortalecer seus orçamentos.
A presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Janet Yellen, demonstrou ontem estar confiante na continuidade do modesto crescimento da economia dos EUA, na queda do desemprego e num pequeno aumento da inflação rumo à meta de 2% da instituição.
Os EUA, a Europa e o Leste Asiático ficaram ricos primeiramente devido a suas fábricas. Com o tempo eles migraram para serviços modernos, como assistência médica e finanças. Hoje, porém, partes do Sul da Ásia, África e América Latina não estão conseguindo criar setores industriais prósperos, ainda que os salários continuem baixos.
Há trinta anos, a Levi Strauss começou a produzir seu icônico jeans na China, ansiosa para aproveitar a aparentemente inesgotável fonte de trabalhadores dispostos a cerzir por alguns centavos a hora. Agora, essa fonte está começando a secar.
Duas das tendências que mais vêm castigando os mercados emergentes são a alta do dólar e a queda nos preços do petróleo. E no meio das duas está o Equador. O país tem o azar de ser um produtor de petróleo com uma economia dolarizada, que usa a moeda americana como divisa.
Eliminar os controles do câmbio, impostos em 2011, é uma das várias reformas que Macri prometeu para estimular a competitividade da Argentina e atrair de volta os investidores estrangeiros.
O presidente de Portugal nomeou o líder socialista António Costa, um oponente das políticas de austeridade, como primeiro-ministro. A medida põe fim a semanas de turbulência política, mas abre as portas para um período de incertezas econômicas.
Desde a crise financeira global, economistas têm tentado explicar por que os EUA e outros países vêm apresentando um crescimento econômico decepcionante. Agora eles estão concluindo que um dos maiores obstáculos é a questão demográfica.
As autoridades belgas prorrogaram até hoje o alerta máximo contra atentados terroristas na capital Bruxelas, estendo a paralisação parcial da cidade diante da ameaça de um ataque coordenado iminente envolvendo armas e bombas.
Estrelas do rock convenceram a comunidade internacional a perdoar mais de US$ 100 bilhões em dívidas de países africanos dez anos atrás. Agora, essas dívidas pesadas estão de volta e os países estão tendo cada vez mais dificuldade para pagá-las.
Depois de anos recorrendo ao apoio de seus bancos centrais, as principais economias do mundo vêm enfrentando dificuldades para criar medidas viáveis de estímulo ao crescimento.
Não são países do velho mundo, como Grã-Bretanha ou Alemanha, os mais pessimistas sobre o futuro. É nos EUA, no novo mundo, que apenas 14% dos pesquisados acham que a vida será melhor para seus filhos e 52% discordam.
Especialistas dizem que é difícil estimar quantas pessoas podem ser rebaixadas de classe social no Brasil diante da crise atual. Mas com os salários subindo menos que a inflação, cerca de 35 milhões de pessoas que integram a classe média baixa estão vulneráveis.
A China vem tomando novas medidas para retardar seus planos de relaxar o controle do governo sobre o sistema financeiro — planos delineados em tempos melhores, mas que agora provavelmente não vão dar a injeção de crescimento que o país precisa.
O crescimento do turismo de nascimento nos EUA entre os chineses reflete a nova riqueza da China e a incerteza de alguns de seus cidadãos sobre o futuro econômico do país no longo prazo. Quando a criança completa 21 anos, ela pode solicitar o “green card” para seus familiares estrangeiros.
Uma batalha pública se acirrou ontem diante da possibilidade de se ratificar o abrangente acordo comercial que os Estados Unidos fecharam com 11 países, depois que detalhes do acordo foram divulgados.
Os bônus dos principais executivos do setor financeiro do Reino Unido deveriam ser vinculados ao número de mulheres que suas instituições empregam no alto escalão, afirmou um estudo encomendado pelo governo britânico.
Um incomum pacto cambial que acompanha um grande acordo comercial no Pacífico, anunciado ontem, dará ao governo dos Estados Unidos uma série de novos instrumentos para impedir que parceiros comerciais manipulem suas moedas para obter vantagens comerciais.
Se o seu café instantâneo parece estar com um toque mais suave ultimamente, provavelmente isso é decorrência de uma mudança na dinâmica do mercado global da commodity agrícola.
Greg Ip
Para os mercados emergentes, há semelhanças perturbadoras entre 1997, quando a desvalorização da Tailândia desencadeou uma crise que tomou conta da Ásia e logo se arrastou pela Rússia e América Latina, e o presente. A boa notícia é que muita coisa mudou.
À medida que a recuperação da economia dos EUA se prolonga e o cenário em outros países se torna mais nebuloso, as autoridades americanas começam a se preocupar com a próxima recessão.
A falta de dados de inflação do governo da Venezuela levou economistas e analistas a criar seus próprios indicadores, baseando seus cálculos em dados variados, desde evidências informais até a receita fiscal do governo e empréstimos do setor bancário.
Por David Wessel
Muitos livros foram escritos, e outros virão, sobre como evitar uma nova crise financeira. Mas eis aqui uma questão importante: O que os últimos anos nos ensinaram sobre como acelerar a recuperação depois que uma economia sofre um grave choque financeiro?
Nesta época de incerteza nos investimentos convencionais, financistas profissionais e outros indivíduos estão comprando obras de arte para diversificar suas carteiras e, com um pouco de sorte, ter grandes retornos.
A Nicarágua quer seguir os passos de outros países, como Vietnã, Colômbia e Croácia, que superaram histórias difíceis e se transformaram em lugares desejados. Os seus vizinhos da América Central Costa Rica e Panamá estão atraindo construtores de luxuosos resorts.
Não muito tempo atrás, parecia que os países do bloco conhecido como Brics poderiam fornecer um poderoso motor de crescimento para a economia mundial. Não conte com isso em 2013.
A crise econômica da Itália deixou o Harry's Bar, famoso bar de Veneza amado por gente como Ernest Hemingway e Aristotle Onassis, quase a ponto de fechar.
Desde gigantes da indústria de energia como Halliburton Corp. e Schlumberger Ltd. até firmas menores, como a Ecologix Environmental Systems LLC, muitas empresas estão em busca de tecnologias para reutilizar a água que sai dos poços após o fraturamento hidráulico, ou "fracking" — processo que injeta água e produtos químicos em alta pressão para extrair petróleo e gás das formações de xisto.
De grandes multinacionais a emprendedores solitários, empresas do mundo todo estão de olho no que pode ser uma das últimas grandes, ainda que instável, fronteiras empresariais do mundo.
O Estado americano de Washington está registrando a segunda maior safra de maçã de sua história, mas os agricultores alertam que podem ter que deixar até um quarto de sua produção apodrecer porque não há catadores suficientes.
David Wessel
Antecipar surpresas? Bom, elas não seriam surpresas se pudessem ser antecipadas. É melhor perguntar: Onde é mais provável que o senso comum esteja errado quanto à economia em 2012?